Fechamento da Oficina de Narrativas Colaborativas Literárias
No semestre passado, nosso grupo do PIBID-Letras aplicou a Oficina de Narrativas Colaborativas Literárias com a turma 107. Também começamos a aplicar a oficina com as turmas 105 e 106 e a finalizamos esta semana.
Essa oficina tem como objetivo que os alunos produzam narrativas, mais especificamente, um conto, além de incentivar
e dinamizar a prática da produção literária e fazer
com que esses identifiquem os elementos de uma narrativa, tais como: tempo,
espaço, enredo e personagens.
O grupo do PIBID-Letras do colégio agradece a todos os alunos que colaboraram na participação da oficina. Abaixo segue uma narrativa
de cada turma.
Inacreditável
Era 30 de dezembro de 2011, Roose teve uma breve e assustadora visão sobre o futuro: que muitos aviões iriam atirar bombas atômicas na superfície terrestre.
Roose, preocupada com sua visão, foi procurar ajuda. Andando pela rua encontra um astrólogo. Desesperada por encontrar alguém, começa a desabafar com ele mesmo. O astrólogo, impressionado com sua confusa história, não sabe se deve acreditar em Roose, mas, refletindo sobre tudo aquilo, decide ajudá-la.
Ao chegar ao seu observatório, William pesquisou a posição dos planetas perto da Terra. Enquanto isso, pensando sobre tudo, Roose tem uma nova visão: tudo acabará em 29 de fevereiro de 2012.
William, preocupado, resolveu pedir ajuda a uma grande amiga, a doutora Kate. Ela decide ajudá-los e marcaram de se encontrar na casa de Roose. William indo em direção à casa de Roose, com o pensamento em Kate, é violentamente atacado por um zumbi. Apavorado, foge correndo. Confuso com todas essas coisas que estão acontecendo, liga para Kate. Ela diz para ele que devem procurar Roose e que precisam falam com o presidente. Os três vão para a Casa Branca. Conversam com o presidente e contam a ideia de Roose. Enquanto isso, Kate foi embora. No caminho de seu laboratório, é atacada pelo mesmo zumbi que atacou William, foge e volta para falar com este na Casa Branca.
Eles decidem procurar o zumbi. E assim vão Kate, William, Roose e o presidente. De repente encontram o tal monstro e conseguem prendê-lo em uma caverna. Roose cai no chão e desmaia. Quando acorda diz que vai acontecer algo naquele exato momento.
Todos vão para Israel para tentar salvar o mundo, pois descobrem que os aviões e bombas estão lá. Quando chegam em Israel, descobrem qual é o local em que o controle para ativar as bombas estava escondido. Para surpresa de todos, um policial que tinha lhes ajudado a viajar para lá estava com o detonador nas mãos e estava prestes a acabar com o nosso mundo. Mas, com muita fúria, William pega uma arma e dá um tiro certeiro no policial, que logo morre. William, rapidamente, pega o controle de suas mãos e pelos comunicadores de rádio pede para que desativem as bombas presas nos aviões. Feito isso, William destrói o controle e todos ficam mais calmos.
Kate e o astrólogo ficam juntos e tudo passa. Porém, Roose prevê mais uma tragédia e começa tudo outra vez.
Raquel, Natália K., Paloma, Patrícia,
Paula e Rodrigo
Turma: 107
O assassino do machado
Era
um sábado chuvoso. Sinceramente, eu queria ter passado o final de semana em
casa, com minha mulher, mas aquele maldito telefone tocou. E a voz áspera e
enjoativa do meu parceiro investigativo me chamou para resolver mais um caso
repetitivo. Isso, pelo menos, foi o que eu pensei. Lembro ainda de suas
palavras:
- Bill, encontramos um
presunto aqui na estação.
Mais
um caso enjoativo, com um cadáver, alguns suspeitos e o culpado. Tudo muito clichê.
Mas logo quando cheguei à estação, percebi que esse era um crime único. A
vítima, um grande empresário local, fora esquartejado, aparentemente, por um
machado.
Os
suspeitos eram: um psicólogo, o qual a vítima consultava, um suspeito de ser um
terrorista, que já tinha feito um atentado à vítima, uma política, que a vítima
tinha acusado de corrupção, uma empregada, que supostamente tinha um caso com o
empresário, e, incrivelmente, um padre, que fora acusado de ter abusado da
filha da vítima.
As
investigações perderam o controle. Os suspeitos perderam a sanidade e começaram
a acusar uns aos outros. Pessoalmente, eu acreditava que o culpado era o
terrorista. Porém, após um dia de investigação, fui informado que ele havia
morrido.
As
investigações continuaram. Em uma tarde, dois dos suspeitos, o psicólogo e a
empregada começaram a acusar um ao outro. Meus colegas tentaram acalmá-los, mas
os dois perderam a noção de tudo e caíram nos trilhos do trem. Foi
horrivelmente repulsivo. A plataforma ficou vermelha, com alguns retalhos de
suas roupas e seus corpos.
Após
isso tudo, recebi um telefonema. Era a política. Ela estava pedindo socorro.
Estava prestes a dizer onde estava, quando um som cortante abafou sua voz pelo
telefone. Horas depois, seu corpo foi encontrado com enormes cortes feitos,
novamente, por um machado.
O
único suspeito restante era o padre. Algumas viaturas foram até sua casa, mas o
que encontraram foi perturbador. Uma corda presa ao teto estava amarrada em
volta do pescoço gélido do padre, fazendo-o balançar como um pêndulo.
Seguimos
sem pistas, e os assassinatos continuaram. Porém, o assassino cometeu um
deslize: deixou-se gravar pelas câmeras de segurança de um dos locais onde
atuou. As imagens eram surpreendentes. O assassino do machado era o psicólogo.
De
alguma forma, ele tinha forjado sua morte, para sair das suspeitas. Alertamos
todas as unidades para prendê-lo. Ele estava no alto de uma grande colina,
ameaçando jogar-se no rio. A queda era grande, a morte era certeira.
Perguntamos a ele:
- Qual o motivo?
- As pessoas são criaturas
nojentas. O mundo seria melhor sem elas.
Após
dizer isso friamente, ele se jogou no rio. Seu corpo afundou na água e foi
levado pela forte correnteza. O caso foi encerrado, arquivado e esquecido. E eu
nunca lembrei dele, até um ano depois, quando li no jornal a seguinte manchete:
“Assassino do machado mata mais três pessoas”. Estremeci e disse para mim
mesmo:
- Vai começar tudo de novo.
William D., Lucas G. , Fabiana, Larissa,
Andreza
Turma: 106
A guerra dos aflitos
Eram
tempos de trevas, a Igreja católica já não era mais procurada, a escuridão já
fazia parte do dia a dia, não existia outra palavra para descrever esse
cenário, se não o caos. Mortos-vivos vagavam pelas ruas da cidade, contaminando
os poucos que ainda restavam. Tudo parecia um verdadeiro apocalipse. Eu, como
padre, resgatava muitos sobreviventes e os abrigava na igreja, pois o pouco que
tinham hoje se resumia a nada.
Para
mim, era mais um dia daqueles nos quais preferimos nem viver. Nesse dia,
resolvi ficar um pouco mais na cama, quando fui surpreendido com uma visita do
policial Jony. Ele vem me ajudando há anos, trazendo os necessitados para cá.
Mas, hoje, logo que entrou pela porta, vi pelo seu semblante que não trazia uma
boa notícia. E foi aí que tudo começou...
Foi
a caminho do hospital que ele me explicou a história de uma garota que, aos
olhos dos médicos, não tinha mais volta, pois fora contaminada com um vírus, o
qual até o momento era desconhecido. A meu ver, iria apenas fazer minhas preces
para uma menina que estaria presenciando
seus últimos minutos de vida. Mas, quando
cheguei lá, vi que se tratava de algo bem diferente.
Enquanto fazia as preces, ela parecia inconsciente. Segundos depois que rezei o Pai Nosso, a máquina alertou que ela havia morrido, fazendo aquele barulho agonizante. Enquanto todos choravam lamentando a sua morte, aconteceu algo inesperado: ela levantou, mas não tinha a mesma aparência e nem a mesma voz. Havia se transformado em um monstro, nada parecido com os outros que vagavam pela cidade, era muito mais forte. No momento, sem saber o que fazer, achei que se tratava de um exorcismo, mas, ao direcionar o crucifixo para ela, com certa rapidez, ela o tirou da minha mão e o quebrou. Assim, ela fugiu do hospital, deixando muitos feridos.
Enquanto fazia as preces, ela parecia inconsciente. Segundos depois que rezei o Pai Nosso, a máquina alertou que ela havia morrido, fazendo aquele barulho agonizante. Enquanto todos choravam lamentando a sua morte, aconteceu algo inesperado: ela levantou, mas não tinha a mesma aparência e nem a mesma voz. Havia se transformado em um monstro, nada parecido com os outros que vagavam pela cidade, era muito mais forte. No momento, sem saber o que fazer, achei que se tratava de um exorcismo, mas, ao direcionar o crucifixo para ela, com certa rapidez, ela o tirou da minha mão e o quebrou. Assim, ela fugiu do hospital, deixando muitos feridos.
O
fato ocorrido causou um transtorno. Só havia uma explicação: o vírus que fora
contraído por ela era muito poderoso e, se ela continuasse solta, poderia
contaminar outras pessoas. A única solução seria encontrar oponentes de alto
nível para vencê-la.
Uma
organização foi formada: um herói, também médico, que andava pelas ruas a fim
de recuperar sobreviventes ou feridos, e uma espécie de ninja cientista, além
do padre e do policial. A cientista, resolvida a solucionar o problema que ela,
juntamente com sua equipe, havia criado, saiu às ruas à procura de sua criação.
O
encontro entre as duas era inevitável. Pouco tempo de procura e, então, a
cientista, agora ninja, viu-se diante de sua própria criação. Sem hesitar,
aquela criatura musculosa correra em sua direção. Por mais que tivesse alguma lembrança,
ela mataria seu melhor amigo, caso ele ficasse em seu caminho.
Ela
sabia que, para vencer sua criação, teria de feri-la atrás da nuca, pois
somente assim voltaria a ser uma “humana”. Já na luta, a ninja se deu conta de
que não conseguiria vencê-la sozinha. Foi aí que o super-herói veio ajudá-la. A
ninja, já sem muita força, cravou a espada no zumbi e, neste mesmo momento,
também foi atingida pela criatura. Sim, aquela garota que um dia fora zumbi,
agora era uma garota normal. Mas a ninja, depois daquele dia, nunca mais passou
a ver a luz do sol.
Lennon, Lucas, Lara, Larissa P., Larissa B.
Turma:105
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